Falando de Lembranças

São armadilhas suaves que nos pegam pelas pernas, e nos enlaçam. Dão cama, casa e comida enquanto a gente acha que reconstrói tudo aos poucos – sem saber que tudo aquilo vai desmoronar num piscar de olhos. Subtraem enquanto a gente acha que soma. E somem num instante. Deixam a gente em pó suspenso no ar. Embaçam os óculos e atrapalham a respiração. Lembranças são a marcha ré disparada sem querer no meio do engarrafamento.

E a gente bate com tudo no que deveria nem encostar.

Embaçam a vista e a vida. E se fazem de dissimuladas: o que era ruim desaparece e o que nem era tão bom assim ganha um peso de sobrecarga. Um sorriso de lado vira a coisa mais bonita que a gente já viu. E as histórias de corações partidos são substituídas por mal-entendidos irreais. As lembranças se misturam e se chocam. Servem de travesseiro pras noites mal dormidas. E acabam recriando cafunés que nunca existiram.

Lembranças são o resto da memória que ainda vive. Se escondem nos ralos e nos cantos escuros do corredor da casa. Se disfarçam de porta-retratos e roupas guardadas. É nelas que a gente revive o que a gente foi – e o que nunca foi também. Elas não são feitas de deixar de ser. Elas são, e nos cutucam na ferida aberta a cada novo momento. Sem alarme de incêndio pra avisar do fogo. São queimaduras de segundo grau que a gente ganha pela exposição prolongada ao passado. E nos transportam para o ponto final do início de tudo. O fim de alguma história se torna ponto de partida – e mal sabemos nós que estamos presos a um ciclo vicioso de repetições. Tanto das lembranças quanto das ações. E os fins entortam os meios.


E a gente parece não lembrar direito o que aconteceu. Só se lembra de que acabou. Ou que nem chegou a existir.

Elas são de uso exclusivo aos que possuem corações fortes. São prescritas de forma a seguir uma bula de nostalgia e sofreguidão. É como colocar um doce na boca de uma criança e tirá-lo depois. Só que as crianças somos nós. E daí nos prescrevem tarjas-pretas.

Lembranças podem nos levar à loucura, de fato. Mas eu espero que a nossa loucura possa ser perdoada. Porque a gente ainda não descobriu como se desfazer do doce vício de relembrar antigos diálogos e fotografias.

10 sinais de que ele não está tão a fim de você


Quando se está envolvido com alguém, principalmente se for algo com raiz emocional, a tendência é que as evidências e situações não fiquem tão claras assim para quem vive o relacionamento. Uma das coisas mais comuns que eu vejo por aí são pessoas vivendo sozinhas em relacionamentos. Elas remontam uma história inteira preenchendo com expectativas e esperanças os buracos que são evidentes (ou nem tanto assim) aos olhos dos outros. E agora? Aqui vai uma lista com sinais de que ele não está tão a fim de você.



1. Ele não liga, não responde as mensagens, não se preocupa em manter contato. Só entra em contato quando quer te ver e na hora em que ele quer. E vem sempre com aquele papo de saudades para te amolecer. É da boca pra fora.

2. Ele não faz a menor questão de te apresentar pros amigos (e família é um sonho distante de conto de fadas então). Sempre que acontece alguma festa de amigos ou do trabalho, ele nem te convida. Diz que é íntimo demais e não quer adiantar as coisas. Ele não quer é ter trabalho de dizer pros amigos que você não vai ficar por muito tempo na vida dele.

3. Caso você tenha a sorte de ser apresentada a algum amigo dele, o tratamento dele é aquele de “essa é minha amiga fulana”. Ele não te categoriza como namorada porque não é o que você é. E você ainda tem esperanças de que isso mude daqui a algum tempo. Boa sorte com isso.

4. Ele sempre fala sobre ele mesmo e todo aquele papo egocêntrico de quem não tem o menor interesse sobre a sua vida e nem espera que você diga algo que o interesse. Ele te usa como ombro amigo nas horas vagas entre o futebol e o churrasco para desabafar e ser ouvido.

5. Ele diz que te ama, que não vive sem você, mas não vê necessidade nessa pressa de oficializar as coisas. Afinal, vocês só estão juntos há alguns 6 ou 7 meses. Ele é desses que tem aversão à pressão da sociedade em ter que estabelecer um relacionamento fixo. Ele diz que não precisa disso só porque ele não quer isso.

6. Ele passa muito tempo longe e você acompanha a rotina de badalações e loiras gostosas com ele nas fotos das redes sociais. Depois ele volta, carente e com cara de cachorro pidão pro seu lado e diz que você é a mulher da vida dele.

7. Ele não se dedica no pseudo-relacionamento e nunca está disponível afetivamente para tratar de assuntos como DRs e afins. Ele diz que não gosta desse papo e que prefere o sexo e fim. Ele não gosta mesmo é de você.

8. Se o cara tiver namorada e te der mole, prometendo largar a namorada por você e porque se encantou: ele não vai largar. Ele só quer uma diversãozinha de vez em quando pra sair da rotina. Quem vai continuar com o status no Facebook de “em relacionamento sério” é a outra guria lá.

9. Ele não sente ciúmes, mas é possessivo com você. Ele não faz por onde, mas exige sua companhia quando bem entende. Ele não te leva a lugares conhecidos e gosta de sair só com você, sem mais ninguém por perto. Não é porque ele é reservado, é porque ele não quer ser visto com você para não ter que largar o crachá de solteiro.

10. Ele fica contigo em festas, boates e afins. Mas nada de manhã ou de tarde em cinemas, parques, museus. Afinal de contas, esse tipo de coisa é programa de namorado. E pra ele vale aquela máxima “beijou de dia é namoro”. Então ele evita ao máximo.

Discorda de algo da lista? Acrescentaria algo? COMENTE!!

Se você tiver alguma sugestão de tema  é só enviar e-mail para may_ftr@hotmail.com .

Como perder sua namorada


Não recuse a voz dela, rapaz. Só é doce porque tem você na ponta da língua. O contorno do batom tem algum nome idiota que você nunca vai saber e as unhas que te arranham as costas com carinho são de alguma cor exótica para além da sua compreensão masculina. Mas não desvie delas. Nem das unhas, nem dos lábios dela. Ela não se apoia em você à toa. Porque você é a queda e a sustentação dela. Um alicerce meio torto que sempre abala as estruturas. Sem segurança nenhuma. Você é a contraindicação específica dela.
Segure as palavras vãs. Elas vão, mas ela fica. Ela vai, mas elas ferem.
E você é a casca da ferida recente. Que nunca cicatriza porque você resolve abrir de vez em sempre. Na frente dela.
E ela deixa. E sabe. E não sabe por que deixa. Mas a culpa é sua.
Você começa como uma tosse de verão que não faz estrago nenhum. E acaba sendo a razão da conta mensal do analista dela. Já não basta ser o problema, você ainda sugere que seja a solução? Seu soro não se produz em si mesmo. É antiofídico. Atenda o celular e diga que não pode falar agora. Mas nunca a recuse assim, de graça. A entrega dela é por sua conta. Delivery sentimental. E nem tem taxa extra ou cobrança demais no fim do dia porque ela se dá de graça. E você, sem graça, prefere levar nas costas o amor da menina. Que é pra afastar a sua solidão e deixá-la desamparada. Muitas doses de você ao dia causam efeito retardado na fórmula dela.
E ela ignora a bula. É hipocondríaca demais e quase dependente de você.
Sofre de overdose.
Mas no caso dela é falta demais pra aguentar sozinha.
Preencha o receituário e aceite as recomendações, moço. Olhe dentro dos olhos dela e confesse que faz por mal. Se a sua intenção for das melhores, você vai escolher perdê-la de vez agora para, quem sabe, sentir a falta dela e descobrir que foi melhor assim. Que alguns estados são terminais. E que o diagnóstico só é dado quando é tarde demais pra gente admitir que não é a pessoa certa pra alguém. Confira as músicas que ela ouve e o sorriso débil de quem não tem mais forças. Mas ela ainda sorri, e é por você. E tenha alguma compaixão por si mesmo para deixá-la ir. Os médicos agradecem.
Desligue as máquinas e corte a respiração ruim dela. Ela vai aprender a lidar com outros ares.
Siga essa receita até o fim e entenda que ela sofria da doença de amor errado.
Perca-a de vez.
Ao contrário do que ela pensa, ela não vai morrer por você. Nem da falta de você!

É, sou dessas..


De foto três por quatro morando na carteira. De choro. De olho no olho. De amor à primeira vista. De gostar de abraços largos. De sorriso tímido. De vontades que explodem e preenchem o caminho de volta para casa. De dançar sozinha à quatro paredes. De baixar a cabeça e fugir para o balcão. De dedos costurados dentro de uma sala de cinema escura. De meias palavras. De tudo escrito. De tudo acabado desta vez. De voltar atrás. De dar mais uma chance. De observar. De olhar de longe. De fingir que não viu. De mentir que não te fuça. De declarações duras. De tapas leves. De acreditar em vou aparecer mais ou te visitarem com mais frequência. De não rasgar fotos. De cair na mesma história. De novo. Do mesmo jeito. De não prevenir nenhum desgosto. De passar a borracha em um número de telefone. De esquecer que passou. De contar que passou. E esquecer também que contou. De ligações no dia seguinte. De ligações perdidas. De propósito. De alôs mais gagos que convites. Ao vivo. De desligar o telefone e deixar o silêncio dialogar. E de atacar as reticências às páginas brancas. De me conhecer só assim, já que sou dessas que gostam de...
 

Pra você que já perdeu um Amor!


          Frio na barriga, nó na garganta, vontade de gritar e espernear, na verdade não importa tudo isso, porque na verdade você nunca soube muito bem que sabor tinha aquele tal adeus. Ele se foi! Adeus tem gosto de pólvora fresca, pronta para explodir quando alguém aperta o gatilho bem na sua direção. Agora você já sabe o sabor de um adeus.
          Deixemos a dor de lado por um tempo. Eu sei que você deve ter desanimado e que seria clichê não admitir que você passou a fechar mais as portas e a girar mais maçanetas. A porta do seu quarto ganhou um aviso diferente. “Perturbe”. Você quer qualquer coisa que faça barulho e adentre o seu espaço sem bater duas vezes. Pra dizer a verdade, todos nós queríamos mesmo é que aquele amor perdido escancarasse todas as nossas portas e janelas e corações e a gente nem ia tentar conter as lágrimas. Nem homens, nem mulheres. Ninguém se salva da esperança lenta que cisma em dizer: o que você ouviu foi um até logo, ele volta!. Logo mais o amor volta. Eu sei que não volta. Se você ainda tiver dúvidas, pare de me ler neste exato momento. Essa carta é pra quem já perdeu algum amor de vez e enxerga isso quando bate uma angústia calma do nada. É pra quem pendura um aviso de que quer alguém pra quebrar o silêncio que fica quando todo mundo resolve se calar de vez. Só me entende mesmo quem já perdeu um amor.
          Você precisa mais de aconchego do que gente dizendo que vai ficar bem. É a falta de estar preso num abraço quente quando todo o resto é morno ou frio demais pra causar alguma reação espontânea que te faça acordar. E precisa de menos compromissos com agendas e calendários porque as datas sempre lembram aquele dia. 
          Eu não sei como você perdeu o seu amor, mas você deve ter perdido o seu amor num desse olá's sorridentes que não esperam desfechos tristes. Ou num telefonema ou e-mail inesperado que terminava com alguma palavrinha besta e um sentimento de aflição enorme.  Mas olha ao seu redor: você não está sozinho e todos os amores perdidos foram perdidos por alguma razão que ficou pra trás. E todos nós fugimos do silêncio, da espera, das lembranças e das novas promessas.       Todo mundo que já perdeu um amor, da forma que for, já enterrou uma parte de si mesmo e se perdeu. A perda é dupla pra quem fica e serena depois de um tempo. Eu acredito que a gente vá dar conta em algum momento. Amores evoluem e se esbarram por aí. Talvez amores perdidos se correspondam, e nós que ficamos sejamos correspondidos. Talvez eles não entendam que se perderam e nos deixaram mais perdidos ainda. Eles não serão mais encontrados. Mas a gente se acha algum dia.

O Idealista Sonhador

O idealista sonhador é muito prudente e por tanto com freqüência parece tímido e reservado para os demais. Compartilha sua rica vida emocional e suas convicções com tão só umas poucas pessoas. Mas um pode se confundir profundamente se o julga como reservado e frio. Tem uma marcada escala interior de valores e uns princípios claros e honrados pelos que está disposto a se sacrificar. Sempre põe muito esmero em tratar de melhorar o mundo. Pode ser muito considerado com os demais e faz muito por ajudá-los e defendê-los. É uma pessoa preocupada, atenta e generosa com o próximo. Se seu entusiasmo por algo ou alguém se vê ameaçado, pode se converter num luchador incansável..


Para o idealista sonhador, as coisas práticas não são demasiado importantes. Tende a viver sob o lema "o gênio controla o caos", o que costuma ser o normal, por isso com freqüência tem uma carreira acadêmica muito exitosa. Não está interessado nos detalhes, prefere olhar as coisas em seu conjunto. Isso significa que ainda que as coisas começam a se agitar, o tem uma boa visão. No entanto, como consequência, pode suceder que às vezes passe por alto algo importante. Como é muito pacífico, tende a não mostrar abertamente sua insatisfação ou desgosto senão ao reprimir. A firmeza não é um de seus pontos fortes; odeia o conflito e a competitividade. Prefere motivar aos demais com sua natureza amistosa e entusiasta. Quem tenha-o de superior nunca terá que se queixar de não receber suficientes elogios.


Como no trabalho, o idealista sonhador é servicial e leal como amigo e como casal, uma pessoa honrada. As obrigações são absolutamente sagradas para ele. Os sentimentos dos demais são importantes para ele e lhe encanta fazer feliz a outra gente. Sente-se satisfeito com um pequeno círculo de amigos; suas necessidades de contacto social não são muito marcadas e ademais precisa bastante tempo para si mesmo. As pequenas conversas supérfluas não são para ele. Se alguém deseja ser seu amigo ou ter uma relação com ele, deve estar disposto a compartilhar sua visão do mundo e estar desejoso de participar em profundas discussões. Se consegue-se, será recompensado com uma relação excepcionalmente intensa e enriquecedora. Devido a suas grandes exigências consigo mesmo e com os demais, este tipo de personalidade tende às vezes a sobrecargar a relação com românticas e utópicas ideias até um ponto no que seu casal se sente ultrapassado ou inferior. O idealista sonhador não se apaixona até as trancas mas se se apaixona o faz com a intenção de que seja eternamente.


 
PsiCogitando:: Penso, logo escrevo! © 2013 | Designed by Maay Teodoro ~~ Tecnologia Blogger