Atos Gratuitos de Amor!



Praticar atos gratuitos de amor - que tal? Disse ao meu marido que o amo. Não custou nada. Pus um bilhete na lancheira do meu filho dizendo como ele é especial. Não custou nada. Abri a porta da loja para uma senhora em cadeira de rodas. Não custou nada.

Deixei uma lata de biscoitos para o carteiro. Não custou nada. Dei minha vez na fila no supermercado. Não custou nada. Telefonei para meu irmão dizendo que estava com saudades. Ele também estava! Pedi desculpas a um amigo com quem tinha sido agressiva. Custou um pouco, mas deu muita alegria.

Levei flores e chocolates para uma tia velha. Não custou nada. Dei passagem para um carro no cruzamento e sorri para o motorista. Não custou nada e ele sorriu de volta. Comprei um presentinho para minha filha. Era uma coisa de nada, mas ela ficou feliz. Agradeci ao rapaz que embalou minhas compras. Ele ficou satisfeito.

Dei um dia de folga ao meu assistente, mas lhe paguei. Custou só um pouquinho, mas nós dois ficamos contentes. Convidei uma amiga para um passeio e um cinema. Nós nos divertimos.

Fiz uma massagem relaxante. Me senti maravilhosa. Atos gratuitos de amor - como me fizeram bem!


CANFIELD, Jack; HANSEN, Mark Victor. Histórias para Aquecer o Coração. Rio de Janeiro: Sextante, 2011. (Pág. 5)

Bla Bla Blá, eu te amo! (Parte I)

        Eu acredito que a "comunicação", o diálogo é o segredo da manutenção de um relacionamento saudável. Mas em muitos casais, ao invés de se ouvir "discutir a relação"  se ouve "detonar a relação" .. 
       Nesse momento geralmente os "homens" já ficam na defensiva! E as mulheres preparadas pra relembrar fatos que ocorreram no momento em que eles se conheceram.. (rsrs) Mas o que interessa aqui, é que o homem reage de forma diferente das mulheres!
          Segundo o Livro "Porque os homens fazem sexo e as mulheres amor", as mulheres são mais emotivas e expressam com mais facilidade seus sentimentos, pois os neurônios que controlam a emoção são mais desenvolvidos que a dos homens. 
            Outra diferença significativa: enquanto os homens usam mais o lado esquerdo do cérebro, o racional, o sexo feminino usa o mais o lado direito, o da intuição. Para complicar ainda mais as coisas, diferenças culturais podem atrapalhar! Sabe aquela velha história de que enquanto, na infância, as meninas são liberadas para chorar, os meninos são restritamente coibidos? (Isso já explica muita coisa, quanto a formação da personalidade de cada indivíduo).
            Aceitar que as diferenças são apenas diferenças - sem cair em tentação de defender que o jeito feminino é melhor do que o masculino já é o primeiro passo para aprimorar a comunicação.  
  "É mais fácil adaptar-se, do que tentar modificar"
             
Para as mulheres, que tal, por exemplo ser mais objetiva ao descrever o problema que lhe tira o sono em vez de contar uma história sem fim? 

Para tentar entender algumas diferenças entre o sexo feminino e o masculino que tal ler Porque os homens fazem sexo e as mulheres Amor? 

Continua... ;) 
Antes de sair, não esqueça de deixar seu comentário ou sugestão.. 

Gosto de Gentee..


Gosto de gente que é honesta de verdade,
e não apenas porque está sob olhos alheios.
O que não se confunde com santidade;
afinal, não confio em quem “aparenta” ser certinho demais o tempo todo.


Gosto de gente confiável,
com quem eu possa contar
e guarde meus segredos só para si.


Gosto de gente bonita,
porque, me desculpem os feios, beleza é fundamental;
não a beleza puramente estética,
mas aquela que irradia de dentro para fora,
que faz o sorriso brilhar e o olhar reconfortar quem tá perto.


Gosto de gente de verdade, transparente,
que não se esconde atrás de máscaras sociais,
que é o que é.


Gosto de gente sem frescuras, sem falsos pudores, sem hipocrisia.


Gosto de gente segura de si.


Gosto de gente de personalidade forte,
que tem coragem para enfrentar o mundo,
mas que sabe reconhecer seus erros e “dar o braço a torcer”.
Afinal, humildade é a chave que abre todas as portas.


Gosto de gente simples,
que não deixa o poder “subir à cabeça”;
gente que sabe respeitar seus iguais e principalmente seus subordinados.


Gosto de gente líder, não de gente chefe.


Gosto de gente que tá perto,
que faz de tudo para “romper as barreiras geográficas da vida”
e ter tempo para quem diz amar.


Gosto de gente que seja muito, que ame muito,
porque não me contento com pouco.


Gosto de gente realmente companheira, parceira,
porque apenas os títulos não me satisfazem.


Gosto de gente que ama, que ri, que chora,
que é feliz da vida, mas que tem seus dias de mau humor,
gente que vibra, que sofre, mas não se sente vítima da dor.
Enfim, gosto basicamente de gente como a gente,
que apesar dos pesares acredita que viver vale muito a pena.

E se tudo não passasse de um faz-de-contas?



Se o mundo fosse uma brincadeira de faz-de-conta, faríamos de conta que tudo é sempre bonito. E mesmo que o mundo não seja um grande livro de contos de fadas, estamos sempre querendo fazer de conta.
Fazemos de conta que somos felizes; que o amor não acabou; que ainda existe desejo. Tentamos nos convencer de que todas as decisões que tomamos no passado foram acertadas. Talvez por medo de termos que confessar que em algum lugar de nossas vidas, falhamos.
É difícil ter de admitir que nos enganamos de caminho. Mas o mais difícil é pensar que vamos decepcionar outros. Apesar de tudo, “o que os outros vão pensar” pesa muito nas nossas vidas. Assim vamos fazendo de conta que está tudo bem. E chega um dia onde não encontramos mais saída. E a gente chora…
Chora na encruzilhada em que se encontra, chora no labirinto da vida, onde não queremos nem ir à frente e nem voltar atrás, mas sabemos que teremos que achar o caminho de qualquer jeito. E lamentamos o não saber o que fazer. Nos sentimos perdidos mesmo quando queremos fazer de conta que não.
Pensamos que seria melhor fingir que não existe problema nenhum; ou que podemos passar uma borracha e recomeçar tudo; ou então nos dizemos que bom mesmo seria voltar à infância inocente, sem esses “problemas de adultos” e até ir dormir mais cedo para que amanhã chegue logo.
Porque o agora, às vezes, desejamos que nunca chegue… Mas somos adultos, mesmo se nosso “eu” criança se sente perdido. Somos adultos e donos da nossa vida, das nossas vontades, embora intimamente sintamos a necessidade de pedir que alguém decida por nós para nos livrar do peso da responsabilidade da escolha. É preciso enfrentar a realidade, mesmo que doa; é preciso ter a coragem de tomar uma decisão e fazer escolhas, mesmo se daqui a dez anos percebamos que nos enganamos de caminho. Se enganar não é pecado; pecado é se saber enganado e continuar no mesmo trilho. É uma ofensa ao próprio eu.
Dê a você mesmo a oportunidade de ser feliz sendo quem é, como é. Saia do marasmo do dia-a-dia que mata e construa algo sólido onde se apoiar. A vida não espera por nós e não é por fingir que o tempo não passa que os relógios vão parar.
Chorar é bom e pode aliviar as tensões, mas nunca resolveu problema nenhum. Enxugue então suas lágrimas para que tenha uma visão mais clara do que é sua vida.
Tire a máscara do faz-de-conta e viva de cara lavada, mesmo se no momento não for o melhor que você tenha para apresentar ao mundo. Com o tempo você vai aprender que tudo fica mais fácil e você se sentirá aliviado. Não se pergunte o que vai fazer depois: aprenda com seus erros e dê o melhor de si. Dê a você mesmo uma chance de ser feliz, porque ninguém vai fazer isso por você.
(Letícia Thompson)
* * *
Precisa dizer mais alguma coisa? O mundo não é um faz-de-conta e ATITUDE é o que conta. No fim de tudo você irá se arrepender muito mais das coisas que não fez, da sua falta de ação, do que dos erros que cometeu tentando acertar seu caminho.
Portanto, não viva de faz-de-conta; não finja que vive: viva! Não finja que acertou: reconheça seu erro e busque acertar na próxima oportunidade. Tente outra vez. Proponha-se ao risco, porque somente quem se propõe a ele é livre. Faça o melhor que puder fazer com o conhecimento e maturidade que tem agora. Porque se não der certo, você partirá desta com a tranquilidade e a certeza de que deu o seu melhor, e não arrependido por não ter arriscado fazer diferente.

Para que serve uma relação?


Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar, pregado. 


Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo enquanto você prepara uma omelete, para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio sem que nenhum dos dois se incomode com isso. 

Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada e bonita a seu modo. 

Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem de mais, mesmo em casa, principalmente em casa. 

Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem corpo um do outro quando o cobertor cair. 

Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro ao médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois. 

Sábias palavras de Drauzio Varella


Triste Angústia

       As palavras machucam!
       O sujeito que profere as palavras que machucam não sente o quanto ela é dolorida, só quem sente tamanha dor é quem as recebe, quem as ouvi!
Por experiência própria, estou passando por uma situação em que as vezes já não dá pra aguentar, é insuportável e só eu sinto a dor no meu coração, dor que é quase impossível de descrever, é um aperto sufocante.. É como se eu quisesse gritar, mas minha voz não pudesse ser ouvida!
       Preciso deixar de não ser eu pra agradar a outros!
    É!! Não é fácil morar longe da mamãe e do papai.. sinto saudades do calo, do aconchego, do cafuné, do carinho e principalmente dos abraços que só eles sabem dar, ainda não vi igual!
      Dos meus olhos escorrem lágrimas, que por mais que eu queira, elas não param de cair. Seriam elas lavando minha alma ? É tanta dor, tanta solidão, tanta falsidade, tanta cobrança, que as vezes preferia ficar só!
... Já não consigo escrever, meus olhos estão inundados de lágrimas :'(

Tudo bem?

É.. quem nunca se deparou com aquela pergunta logo no início de conversa? "Oi, tudo bem?" E por educação ou até mesmo por medo de dizer o que realmente está passando, responde com um simples e enganoso "sim, está tudo ótimo!" Contudo, o que não se sabe é que por detrás dessa resposta e desse sorriso existe uma pessoa magoada, triste e angustiada.

Experiência própria? Sim, talvez! 
Costumo pensar que quando alguém conhece o outro verdadeiramente, não existe essa pergunta "Tudo bem?" pois, da mesma forma que ele percebe a alegria do outro, ele percebe a tristeza! O quanto é duro ter que explicar os "meus sentimentos" para outrem (para um estranho), mas o quão bom é desabafar, se sentir uma pessoa que está sendo ouvida.

Deprimidos para sobreviver


Às vezes, quer seja por situações na vida pessoal ou não, somos tomados por estranhos sentimentos de tristeza e as forças que disponibilizamos para enfrentar a vida tornam-se confusas, misturando-se com um sentimento de agonia; em resposta a isso, baixamos a guarda e passamos a nos sentir ultrapassados.

Nestes momentos, reconhecemos que nosso ânimo não está bom e contamos para nossos amigos que estamos deprimidos. Estes sentimentos transformam-se em um sinal de alerta de que as coisas não andam tão bem como poderia se esperar.

Seja em um grau mais leve ou mais profundo, a depressão sempre surge com um sentimento de negatividade. Entretanto, por apenas nos deparamos com a face escura da depressão talvez não possamos notar a utilidade que esta pode ter para nossa vida.

"Analisar a depressão como uma ferramenta de defesa do organismo implica atribuirmos a ela uma função." É para esse ponto de vista que o Dr. Randolph Nesse têm dirigido seus estudo no Instituto de Pesquisa Social da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Ele explica que entender como os estados depressivos são úteis para o organismo nos ajudaria a conhecer como devemos enfrentar esta condição.

Depressão para viver melhor

Para o Dr. Randolph Nesse, a falta de motivação e o pessimismo próprios dos estados menos ativos do ânimo, são interpretados como um mecanismo de defesa do organismo contra metas fora da realidade.

Assim, o comportamento depressivo nos ajudaria a poupar energia ao invés de investi-la em tarefas inúteis que, a longo prazo, só nos traria frustração.

Da mesma forma como a diarreia e a dor, os baixos estados de ânimo seriam defesas naturais do organismo frente as ameaças do ambiente. Segundo explica o especialista, esta visão sobre a depressão envolve uma ideia evolutiva do comportamento.

A partir deste posto de vista a depressão se estabelece como uma necessidade do comportamento para evitar riscos maiores. E é uma ferramenta instintiva de preservação da espécie.

Adaptar-se para sobreviver

Além de uma simples falta de motivação, normalmente a depressão manifesta-se com um pessimismo mais profundo, baixa da auto-estima e uma redução das iniciativas.

À este lado mais escuro da depressão é difícil associar efeitos positivos, dado que sem iniciativa para realizar mudanças, é difícil sairmos da depressão.

Ainda nestes casos, alguns cientistas afirmam que trata-se de uma forma de aviso de que "tomar as rédeas" da situação pode fazer com que as coisas só piorem.

Para esta corrente de pesquisa a depressão manifesta-se como uma ferramenta do organismo contra uma situação ou um conjunto de eventos. A função desta ferramenta difere segundo o ângulo a partir do qual seja observada.

* Alguns pesquisadores explicam que a depressão em adultos pode manifestar-se como um jeito de pedir ajuda aos outros. Uma espécie de desculpa para aproximar-se dos outros em busca de apoio.
* Também tem sido interpretada como uma forma de manipular ao outro para que assim, a pessoa deprimida consiga ajuda para um projeto depois que este falhou.
* Outra perspectiva fala da depressão como um modo para aproveitar melhor os recursos em tempos de crise. O organismo salva energia para os momentos em que os esforços surtirão em melhores frutos.
* Também existem cientistas que pensam na depressão como um sinônimo de um conflito hierárquico ou ainda com uma pessoa dominante. 

Doença e hospitalização infantil


"A hospitalização é uma experiência que não passa despercebida para o paciente que permanece internado e muito menos para seus familiares e/ou acompanhantes. e quando o assunto é internação de crianças, a reflexão deve ser redobrada, uma vez que a doença e o processo de hospitalização podem comprometer sua integridade física e seu desenvolvimento mental" (Mondardo, 1997).
O ambiente médico, especialmente o hospitalar, é um contexto no qual confrontam-se de forma ambivalente e paradoxal sentimentos como vida e morte, cura e sofrimento, qualidade de vida plena e limitada, alegria e tristeza.
A criança doente frente a hospitalização sente grande impacto além do adoecer ela é separada e privada totalmente ou parcialmente dos afetos maternos, comprometendo assim, seu desenvolvimento emocional.
Segundo Camon (2009), as crianças precisam vivenciar uma relação calorosa, intima e continua com a mãe (ou pessoa que desempenhe, de forma regular e constante, o papel de mãe), no qual ambos encontrem satisfação e prazer. Essa relação é essencial à saúde mental da criança.
A hospitalização é um conjunto de regressões graves que se podem observar quando as crianças são colocadas, no segundo semestre de vida, em creches ou hospitais, regressões essas que se instalam devido à ausência da mãe ou de um substituto.

Estar doente significa estar em situação de fraqueza e dependência, sendo que a doença quase sempre representa sofrimento orgânico e psicológico. quando hospitalizado, o individuo passa a viver em um ambiente novo e estranho, cercado de pessoas desconhecidas, tendo que estabelecer novas relações com a equipe de saúde e o ambiente hospitalar, além de a doença também representar uma nova variável em sua vida. Durante a internação hospitalar, a criança já física e emocionalmente debilitada pela doença passa a ter que enfrentar o seu afastamento do ambiente doméstico, onde vinha desenvolvendo-se de acordo com seu repertório motor social, emocional e intelectual (Chianttone, 1984; Golveis, 1994).
Deve-se observar, no entanto, que em uma enfermaria de pediatria as ocorrências das internações hospitalares não decorrem apenas de problemas específicos de determinada doença. Nota-se que diversas e inúmeras patologias fazem parte deste contexto, além das regras impostas pelos serviços hospitalares e diferentes repertórios comportamentais da criança adquiridas anteriormente, relacionados a estas ou experiências semelhantes.
Em 1982, Heloísa Chiattone, ao implantar o serviço de Psicologia na Pediatria no hospital brigadeiro – SP, Visando humanizar o atendimento de crianças internadas, possibilitou ás mães participarem da hospitalização de seus filhos. Através da normatização do projeto mãe-participante, ampliou o trabalho de psicodiagnóstico da criança para a intervenção do relacionamento mãe-criança e suas implicações no contexto de hospitalização.
Porém, a hospitalização não deve ser caracterizada apenas pelo objetivo anteriormente citado, sendo atualmente outras consequencias da internação hospitalar de crianças devem merecer atenção, com, por exemplo, o desenvolvimento de distúrbios comportamentais temporários, que dependem de fatores como idade da criança; experiências anteriores; diagnóstico e prognóstico do quadro clínico e qualidade das relações familiares antes da internação.
De acordo com Bordin e Corrêa (1990), a partir de uma revisão da literatura e para complementação da observação anteriormente apontada, o desconforto psicológico em crianças diante da hospitalização e doença pode proceder de fatores como o contexto de vida, a não-familiaridade com o ambiente hospitalar e internações prolongadas ou repetidas.
Nichols (1985) enfatiza que o papel do psicólogo em um hospital geral, na assistência a crianças, consiste em dois princípios: entender a rotina e as imposições relacionadas á doença do paciente, que mostram com um estressor em potencial, analisando este aspecto sempre relacionado ao fator hospitalização; e considerar as rotinas hospitalares (horários, manipulações, procedimentos), a cultura médica e o regime da instituição hospitalar como um segundo agente estressor potencial. A compreensão dessas praticas, nas rotinas diárias, torna-se essencial na previsão da ordem dos cuidados psicológicos quanto aos comprometimentos das doenças, especialmente as crônicas, e de suas seqüelas para o desenvolvimento infantil.
Segundo Romano (1999), o psicólogo no ambiente hospitalar deve ser um observador qualificado, além de se colocar como um intérprete flexível dos anseios do paciente e sua família e das normas da instituição, sendo encarado como um agente de transformação no processo de reabilitação. Ao se tratar de crianças hospitalizadas, é importante considerar questões como as rações de cada criança, decorrentes de processos familiares, características ambientais, bem como do período evolutivo em que se encontra.
Desta forma, o trabalho junto a esta população torna-se importante para amenizar os elementos de estranheza (doença e hospitalização) e ameaça de dor/sofrimento frente aos procedimentos invasivos, inerentes a este contexto. Faz-se necessária, portanto, a presença de uma pessoa capaz de ser seu mediador e defensor, no sentido de saber compreender as necessidades e anseios deste momento, para a criança possa enfrentá-los.

Contribuições do lúdico

Com a hospitalização da criança, que provoca novas experiências emocionais intensas e complexas. O afastamento do círculo social de origem, bem como as interferências nos processos evolutivos da criança que naturalmente levariam a conquistas autonomas, como atividades lúdicas e de aprendizagem, representam perdas significativas para o psiquismo infantil. (conforme citado por trinca, 1987)
Anna Freud menciona que: “a perda de habilidades, quando ocasionado por recorrências médicas, representa uma perda equivalente no controle do ego, um retrocesso em direção a níveis do desenvolvimento infantil mais passivos”.
O psicólogo deve atuar junto aos pacientes com o objetivo fundamental de tentar diminuir o sofrimento inerente ao processo de hospitalização e doença. Dessa forma,  a aplicação do lúdico como terapia (ludoterapia) tem grande importância, pois além de servir como estimulação, motivam, e podem expressar seus sentimentos no ato do brincar. É sempre necessário o acompanhamento enquanto a criança brinca.
O lúdico sempre está presente na vida das crianças, e uma vez hospitalizadas, elas são restringidas do seu meio social, de sua família, visinhos e amigos, e muitas das vezes passam horas sozinhos deitados em uma cama entre quatro paredes. Muitas se reprimem, pois além da ausência de seus familiares, não tem com quem conversar ou interagir. É aí que o lúdico atua como motivador, pois, ele pode ser inserido em diversas situações que estimulem a exploração e o desenvolvimento pleno da comunicação e do dinamismo.
Camon (2003), afirma que na medida em que a criança brinca, ela consegue exprimir seus medos, as dúvidas, o diálogo, fala sobre sua doença, sobre o tratamento, o hospital, a saudade da família, sobre a morte e entre outros assuntos. O ato de brincar minimiza as sequelas do processo de hospitalização, a criança interage com outras crianças, vive momentos em comunidade, auxilia e ajuda, se sente útil, cria, imagina, modifica, constrói e se expressa.
No contexto hospitalar a aplicação deste recurso “lúdico” permite que a criança continue a desenvolver-se pois, como afirma Camon (2003, pg. 28):
         “A criança hospitalizada apresenta uma quebra nessa relação[social, familiar ‘mãe x filho’], podendo apresentar graves deformações emocionais, físicas e intelectuais”.

Ao brincar a criança interage com o meio, modifica o ambiente (quando para de chorar e se distrai com o brinquedo), o comportamento e a estrutura psíquica, ou seja, ao invés da depressão, agonia, ansiedade, o brincar acaba tomando espaço em sua mente. Expressando seus conflitos, frustrações e traumas e vivências cotidianas.
Segundo Amora (1917, pg. 395 e 420), o lúdico é relativo a jogo, ou aquilo que é engraçado. O Jogo por sua vez, é referente à diversão; exercício recreativo. O lúdico não é somente relacionado ao brinquedo, contudo, são todas contingências que oferecem diversão, recreação, graça, motivação, etc.
Com isso, inúmeras atividades podem ser utilizadas como fonte de motivação para as crianças, desde o pintar até teatro, cinema e brincadeiras como “pega-pega”. Vejamos abaixo como o lúdico pode contribuir em diferentes fases de desenvolvimento.
Camon(2003), propõe que o ambiente hospitalar em que estão instaladas as crianças de zero a um ano de idade devem ser alegres e estimulantes através do uso de móbiles presos às grades dos berços e figuras coloridas nas paredes. Também relata a participação de outras crianças hospitalizadas na confecção e aplicação dos móbiles nos berços, fazendo com que elas se sentissem uteis e alegres.
A criança recém-nascida, que durante nove meses se manteve protegida, alimentada, num ambiente calmo e aconchegante no ventre da mãe, depara-se, enquanto hospitalizada, com um ambiente hostil, ameaçador. (CAMON, 2003)
O lúdico pode ser aplicado ao ambiente físico na utilização de figuras alegres, paredes com tonalidades que estimulem motivação, imagens, figuras decorativas, tudo sem exagero, e nunca um ambiente cinzento, sem cor, agressivo.
            As crianças com idade de um a doze anos de idade podem ser apresentadas diversas atividades lúdicas como pintura, desenho, teatro, fantoches, brinquedos, atividades especiais(datas festivas), dinâmicas em grupo. São atividades que facilitam a integração e o desenvolvimento social das crianças, além de jogos que estimulam a percepção, memória e atenção.
           

ANGERAMI, Camon; VALDEMAR, augusto. A psicologia no hospital. 2ª Ed. São Paulo, Cengage Learning, 2009.

BAPTISTA, Nunes Makilim. Psicologia hospitalar: Teoria, aplicações e casos clínicos. Guanabara Koogan, 2003.

Como Está o seu Quarto?


Essa pergunta é tão simples, né? E a resposta geralmente é tão simples e óbvia quanto a pergunta. Mas antes que você me responda como está o seu quarto, gostaria de fazer uma pequena alusão quando a etiologia da palavra "quarto" – vem do Latim quatuor, “quatro”. Inicialmente teve a significação de “a quarta parte da casa”, contudo, ele não vem a ser somente um dormitório ou uma parte qualquer da casa!

O nosso quarto, o meu quarto possuiu um valor simbólico, não é somente um cômodo, mas é um local totalmente íntimo, que guarda lembranças, objetos, aquilo que temos como valioso e até mesmo lembranças triste. É neste mesmo quarto que é usado como refúgio, abrigo, local seguro, onde se chora baixinho pra ninguém escutar.

Mas a pergunta em questão é... Como está o seu quarto? srs
No que diz respeito a "psique".. como está o seu lugar íntimo? Lugar este que só quem tem acesso é o seu próprio eu! (E Deus é claro! porque ele conhece todos os nossos pensamentos). Estaria disposto a abrir a porta deste quarto à alguém sem medo do que haverá lá?

O que inicialmente era uma simples pergunta, agora passa a ser uma indagação bastante introspectiva. Existem pessoas que sentem dificuldades ao limpar o seu quarto (jogar fora a sujeira) ou até mesmo não tem coragem de levantar o tapete!

cont.

 
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